O Senado Federal realizou, na quinta-feira, 27 de março de 2025, uma sessão especial no plenário para a entrega do Prêmio Bertha Lutz, que reconheceu 19 mulheres pela atuação destacada na defesa dos direitos das mulheres e questões de gênero no Brasil. Instituído em 2001, o prêmio presta homenagem à líder feminista Bertha Lutz, que foi deputada federal entre 1935 e 1937 e lutou pelo voto feminino no país.
As homenageadas deste ano incluem personalidades de diversas áreas: Ani Heinrich Sanders, produtora rural do Piauí; Antonieta de Barros (in memoriam), primeira mulher negra eleita deputada no Brasil; Bruna dos Santos Costa Rodrigues, juíza do Tribunal de Justiça do Ceará; Conceição Evaristo, escritora e membro da Academia Mineira de Letras; Cristiane Rodrigues Britto, advogada e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; Elaine Borges Monteiro Cassiano, reitora do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul; Elisa de Carvalho, pediatra e membro da Academia de Medicina de Brasília; Fernanda Montenegro, atriz e integrante da Academia Brasileira de Letras; Fernanda Torres, atriz e escritora; Janete Ana Ribeiro Vaz, empreendedora e cofundadora do Grupo Sabin; Jaqueline Gomes de Jesus, escritora e gestora do sistema de cotas da UnB; Joana Marisa de Barros, médica mastologista da Paraíba; Lúcia Willadino Braga, neurocientista e presidente da Rede Sarah de Hospitais; Maria Terezinha Nunes, coordenadora da Rede Equidade; Marisa Serrano, ex-senadora; Patrícia de Amorim Rêgo, procuradora de Justiça do MP do Acre; Tunísia Viana de Carvalho, ativista dos direitos maternos e infantojuvenis; Virgínia Mendes, primeira-dama de Mato Grosso; e Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna.
A cerimônia foi presidida pela senadora Leila Barros (PDT-DF), que ressaltou o prêmio como um símbolo de resistência contra o machismo estrutural e as desigualdades de gênero. A parlamentar também destacou a importância da participação das mulheres em posições de decisão. Durante o evento, o senador Eduardo Gomes (PL-GO) lembrou que a luta feminina é por igualdade e justiça, enquanto a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) reforçou que a proteção dos direitos das mulheres deve ser responsabilidade também de homens.
Representando as agraciadas, a juíza Bruna dos Santos Costa Rodrigues afirmou que a data celebra vitórias e reforça a necessidade de enfrentar desafios ainda existentes. Ela destacou a inspiração proporcionada pela homenagem e reafirmou o compromisso com mudanças que promovam uma sociedade mais justa e igualitária.
Por Eduardo Souza
Com Informações: Agência Brasil
Foto: Lula Marques/Agência Brasil