Na sexta-feira, dia 21, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, apresentou o novo Programa Crédito do Trabalhador, disponível na Carteira de Trabalho Digital. A iniciativa visa facilitar o acesso ao empréstimo consignado, com desconto em folha de pagamento, para mais de 47 milhões de trabalhadores do setor privado com carteira assinada (CLT) em todo o país.
Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro destacou o objetivo do governo de democratizar o acesso ao crédito, abrangendo trabalhadores domésticos, rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEIs).
Apesar das condições mais vantajosas oferecidas pelo programa, Marinho alertou para a necessidade de cautela. Ele recomendou que os trabalhadores pesquisem e comparem as ofertas de diferentes instituições financeiras antes de fechar qualquer contrato, buscando empréstimos apenas em casos de extrema necessidade ou para investimentos relevantes.
Até as 17h45 do dia do lançamento, a plataforma digital registrou mais de 15 milhões de simulações de empréstimo, com cerca de 1,5 milhão de solicitações de propostas e 1,4 mil contratos já firmados. A Carteira de Trabalho Digital, utilizada para acesso ao programa, possui 68 milhões de trabalhadores cadastrados.
A nova modalidade de crédito, criada por medida provisória no dia 12, permite que os trabalhadores autorizem o compartilhamento de dados do eSocial, sistema eletrônico que unifica informações trabalhistas, para obter empréstimos com desconto em folha. Mais de 80 bancos e instituições financeiras poderão acessar o perfil dos trabalhadores via eSocial.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que o volume de crédito consignado privado possa triplicar, passando de R$ 39,7 bilhões em 2024 para mais de R$ 120 bilhões ainda neste ano.
Embora o programa prometa juros mais baixos em comparação com as taxas praticadas atualmente, não há um teto fixo para as taxas de juros, como ocorre no consignado para aposentados e pensionistas do INSS.
O ministro Marinho afirmou que o governo monitorará as taxas praticadas e poderá adotar medidas para evitar abusos por parte das instituições financeiras.
FONTE: Com informações da Agência Brasil
FOTO: Bruno Peres/Agência Brasil