Câmera térmica é capaz de apontar se passageiro tem febre; outros equipamentos coletam e analisam amostras do ar. Itens foram comprados para Copa do Mundo, em 2014.
Fonte: Por Laura Tizzo e Marília Marques, TV Globo e G1 DF

Os passageiros que desembarcam de voos internacionais no Aeroporto de Brasília vão passar por uma inspeção capaz de detectar sintomas relacionados à infecção pelo novo coronavírus. A medida faz parte das ações do grupo de enfrentamento à doença, anunciadas na última sexta-feira (12).
Para a análise, o Corpo de Bombeiros vai usar 25 equipamentos, incluindo uma câmera térmica capaz de identificar se o passageiro tem febre. Quando apontado para uma pessoa com a temperatura mais alta, o aparelho muda o tom da imagem para um azul escuro.
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“A ideia é fazer o monitoramento das entradas, do maior número de identificação de casos que estão entrando no DF”, afirmou a major dos bombeiros Lorena Athaydes. A partir daí, se a câmera identificar que a pessoa está com febre, o passageiro será isolado e levado para passar por exames, que vão checar se tem ou não o coronavírus.
De acordo com secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, o foco são voos internacionais mas, caso a Inframerica – concessionária que administra o aeroporto – peça, a inspeção também pode acontecer em voos nacionais.
“Não há data de término, nós vamos começar o procedimento acompanhar o andamento da doença no país e, por enquanto só a prazo para começar.”
Análise do ar

As câmeras térmicas também vão ser usadas na Rodoviária Interestadual de Brasília. Segundo o governo, os passageiros que chegam de outros estados ao DF serão analisados.
Já, um outro aparelho vai ser usado para coletar amostras do ar ambiente próximo a grupos de passageiros.
O que for coletado vai passar pela análise de uma outra máquina capaz de identificar a presença do vírus.
Ameaças biológicas

Apesar da decisão do GDF em utilizar os aparelhos a partir desta semana, os equipamentos foram comprados há seis anos, para uso na Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil.
Como, à época, Brasília foi uma das cidades-sede do mundial de futebol, a capital recebeu turistas do mundo e adquiriu as máquinas para se preparar para possíveis ameaças biológicas, químicas e nucleares.
Ao todo, 52 militares vão trabalhar com esse material. A força-tarefa vai contar também com dois carros do Corpo de Bombeiros à disposição do aeroporto e outros quatro em pontos estratégicos espalhados pelo DF.